7.08.2009

Quando a tinta não dá conta; quando as palavras não resolvem...
A música vem e dissolve.
Aí eu tremo e tremo e grito por você por puro gosto pelo trágico.

Pobre criança sem rumo, sem roupa e sem máscara.
Pobre de você que sonha com castelos.

Quando Egon Schiele não reencarna, quando a grande obra não vinga...
A música vem e derrete.
Aí eu tremo e tremo e chamo por mim por puro gosto pela loucura.

Pobre criança vadia. Pobre de você que ainda escuta a tempestade, e ri, enquanto os outros dormem.

Pobre de você, criança vadia, pobre de você que sou eu.

2 comentários:

  1. Anônimo9/22/2009

    Sim, nós gostamos de tragédia.
    Eu pelo menos gosto. Principalmente quando o herói trágico sou eu, Édipo Rei liberto da miopia e do astigmatismo.

    Gostei, gostei desse texto.


    Ryan.

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  2. Também gostei, gostei de você...
    Ah Ryan, o amor só é possível entre iguais!

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