11.26.2009

Apartheid moderno

Você fala de si.
Expõe testosterona pra todo mundo vê.
Mas e se o corpo não responde?
Numa ponta: eu; na outra: você.

3 comentários:

  1. Você poderia me explicar esse poema? O que o eu-lírico revela nessas frases? Gostaria de atribuir um sentido(entender). Quem você critica nesse poema? Uma sociedade machista? O homem que expõe a mulher como objeto? Aguardo explicação do poema.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Perfeito poema.

    Entendo intuitivamente o que há aí... Não sei se me arrisco a dizê-lo, tamanha a intimidade dessa esfera que expõe. Mas, estou convicta de que entendo e experimento a sensação que compartilhas aqui nesse poema sucinto.

    Digo-te apenas algo... pra um pouco adiante... um desdobramento talvez: os homens são mais frágeis sexualmente. Carecem de crença na própria potência, que, uma vez refutada, abala toda a estrutura. São delicados ao extremo. Queremos recebê-los no ventre, comungar com eles... queremos a entrega, a monstruosidade infantil que possuem... receber no corpo o que carregam da vida, e, não deixamos de sair feridas quando por questões sociais tão torpes seus egos abalados interferem nessa entrega... Daí, aprendemos a ser fortes, e a alimentar esse sentimento de potência do qual tanto necessitam pra se entregarem.

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