sempre atrás do que eu não sou
sempre atrás do que é bonito ser
engolindo bosta
arrotando ostra
dissimulando ter
o que pra mim parece não haver
não
não vou omitir os meus dias de cão
levo eles comigo ardendo ardido
sempre atrás do que eu não sou
escondendo o meu ganido
poemeto barroquianoadolescente, todavia sempre presente:
tudo o que eu faço é punido
tudo o que eu faço é sofrido
vivo na angústia suprema
de achar que minha vida é plena
Porra, foda esses seus poemas hein.
ResponderExcluirNão tenho certeza de dizer que eles são revolucionários, mas eles dialogam muito com a vida de todos que são oprimidos pelo capitalismo.
É uma questão de desalienação. Quando as pessoas perceberem que grande parte, se não a maioria, de seus sofrimentos tem origem nas forças socioeconômicas que regulam o mundo em que vivemos, e não em aspectos individuais, será um avanço tremendo na história do homem e que fará com que o homem trabalhe para o desenvolvimento pleno do ser humano, o que não acontece na conjuntura mundial atual.
Muito bom, filha.
Fico feliz de ver você escrever coisas assim.
Flora minha aurora:
ResponderExcluirNão precisa ser sofrido
Não precisa tanta dor
Da angústia faça milhos
Para as galinhas do vovô
A melhor fome(ou luta) é a fome de viver
Não siga o caminho dos outros
Não seja mais uma ovelha no rebanho
Pois sei que você, com esse ar estranho*,
Esconde algo...
Algo além do sonho
Quanto a plenitude "te aquieta"
Seja atleta
Seja muleca
Coma moqueca
E se isso não te completa
Por favor...
Acorda! Olha na minha cara e perceba o quanto eu te amo.
* elogio