3.02.2011

sempre atrás do que eu não sou

sempre atrás do que é bonito ser

engolindo bosta

arrotando ostra

dissimulando ter

o que pra mim parece não haver

não

não vou omitir os meus dias de cão

levo eles comigo ardendo ardido

sempre atrás do que eu não sou

escondendo o meu ganido














poemeto barroquianoadolescente, todavia sempre presente:


tudo o que eu faço é punido

tudo o que eu faço é sofrido

vivo na angústia suprema

de achar que minha vida é plena

2 comentários:

  1. Porra, foda esses seus poemas hein.
    Não tenho certeza de dizer que eles são revolucionários, mas eles dialogam muito com a vida de todos que são oprimidos pelo capitalismo.

    É uma questão de desalienação. Quando as pessoas perceberem que grande parte, se não a maioria, de seus sofrimentos tem origem nas forças socioeconômicas que regulam o mundo em que vivemos, e não em aspectos individuais, será um avanço tremendo na história do homem e que fará com que o homem trabalhe para o desenvolvimento pleno do ser humano, o que não acontece na conjuntura mundial atual.

    Muito bom, filha.
    Fico feliz de ver você escrever coisas assim.

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  2. Flora minha aurora:

    Não precisa ser sofrido
    Não precisa tanta dor
    Da angústia faça milhos
    Para as galinhas do vovô

    A melhor fome(ou luta) é a fome de viver

    Não siga o caminho dos outros
    Não seja mais uma ovelha no rebanho
    Pois sei que você, com esse ar estranho*,
    Esconde algo...
    Algo além do sonho

    Quanto a plenitude "te aquieta"
    Seja atleta
    Seja muleca
    Coma moqueca
    E se isso não te completa
    Por favor...
    Acorda! Olha na minha cara e perceba o quanto eu te amo.

    * elogio

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